Corpo de Danny Rocha será levado para Belém após campanha por despedida digna
- 08/05/2025

O corpo da ativista trans Dannielly Rocha, conhecida como Danny Rocha, de 38 anos, será levado para Belém do Pará, sua cidade natal. Danny foi assassinada em casa, na madrugada da última sexta-feira (2), no bairro da Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Câmeras de segurança registraram um homem desconhecido deixando o local com o celular dela.
Danny trabalhava como cozinheira na CasaNem, um centro de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ no Flamengo, zona sul do Rio. Após sua morte, amigos e apoiadores organizaram uma campanha solidária que arrecadou R$ 18 mil para custear o velório no Rio e o transporte do corpo para Belém, onde será sepultada.
O assassinato de Danny causou comoção e revolta. Movimentos sociais e parlamentares denunciaram mais um caso de violência contra pessoas trans no Brasil. A deputada estadual Dani Balbi (PCdoB), primeira mulher trans eleita para a Alerj, acompanhou a mobilização, agradeceu o apoio recebido e disse que seguirá cobrando justiça:
“A sociedade não pode aceitar o silêncio diante do assassinato de mais uma mulher trans. Exigimos investigação e punição ao responsável.”
Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 122 pessoas trans foram assassinadas no Brasil só em 2024, em 2025 a situação piora. O país segue como o mais perigoso do mundo para essa população, cuja expectativa de vida ainda gira em torno dos 35 anos.