Novo desafio de Claudinei Oliveira: Paysandu tem o pior ataque da Série B e mira reabilitação na Curuzu
Esporte

Papão entra em campo nesta sexta com a missão de sair da lanterna ofensiva e reencontrar o caminho dos gols. Técnico estreia pressionado a reorganizar o setor criativo.
O Paysandu vive um início de Série B marcado por dificuldades ofensivas e terá que encarar de frente esse desafio sob o comando de seu novo treinador, Claudinei Oliveira, que assume com a missão de mudar o rumo da equipe na competição. Os números falam por si: o Papão tem o pior ataque do campeonato, ao lado do Volta Redonda, com apenas cinco gols marcados em 11 rodadas — uma média de míseros 0,45 gols por jogo.
A falta de efetividade no último terço do campo é uma das principais dores de cabeça para Claudinei. Segundo levantamento do SofaScore, o Paysandu é também o time que menos cria grandes chances de gol por partida. Foram apenas 10 oportunidades claras em toda a campanha até aqui, a pior marca entre os 20 clubes da Segundona.
Além disso, o Bicola só balançou as redes em quatro dos 11 jogos disputados, um retrato da seca que a torcida bicolor espera ver encerrada já nesta sexta-feira (13), quando o time encara o Botafogo-SP, às 21h35, na Curuzu, em Belém.
Reforços e esperanças
Ciente da necessidade de sacudir o setor ofensivo, a diretoria agiu na última janela de transferências e trouxe uma verdadeira leva de reforços. Para dar mais criatividade ao meio-campo, chegaram os meias Denner (ex-Chapecoense) e Wendel (ex-Cruzeiro). Já para o comando de ataque, foram contratados os atacantes Maurício Garcez, Diogo Oliveira, Vinni Faria e o jovem Petterson, ex-Flamengo, visto como uma promessa em potencial.
A expectativa é de que, com esses novos nomes, Claudinei consiga dar mais velocidade, dinâmica e imprevisibilidade ao time. A equipe, até aqui, tem mostrado dificuldades em furar defesas compactas e tem sofrido para transformar posse de bola em finalizações perigosas.
Estreia de Claudinei sob pressão
O confronto contra o Botafogo-SP marcará a estreia de Claudinei Oliveira no comando do Papão. Com passagens por Avaí, Sport, Vitória e CRB, o treinador é conhecido pelo estilo pragmático e por dar consistência defensiva às suas equipes. No entanto, no Paysandu, a urgência está do outro lado: é preciso fazer o time jogar e, principalmente, marcar gols.
A Curuzu, historicamente um caldeirão para os adversários, deve receber bom público e será fundamental nesse momento de transição. A torcida, embora impaciente com o desempenho até aqui, ainda deposita confiança na reação do time.
Situação na tabela
Com os números abaixo da média, o Paysandu ronda a zona de rebaixamento e sabe que não pode mais desperdiçar pontos em casa. A missão de Claudinei começa urgente: sair do sufoco, reorganizar o ataque e, acima de tudo, resgatar a confiança do elenco — algo que pode começar com uma vitória diante da Fera do Interior.